O Garrano é uma raça de equídeos muito antiga nativa da Península Ibérica e umas das quatros raças autóctones de Portugal juntamente com o Lusitano, o Sorraia e o Pónei da Terceira. Apesar de se enquadrar no grupo alargado conhecido por Cavalo Ibérico, dada a sua baixa estatura com cerca de 1.30 m, o Garrano é considerado um pónei. Este cavalo assilvestrado habita, hoje em dia, em estado semisselvagem sendo parte intrínseca da paisagem natural das serras de Viana do Castelo.

Em 1994, a União Europeia classificou a raça Garrana como “ameaçada” dado o reduzido número de fêmeas sendo, por isso, uma raça protegida devido ao risco de extinção.

A marcação do Garrano é já uma tradição na Serra de Santa Luzia na qual, anualmente e desde 19??, os criadores de Garranos de Outeiro, (…) se unem para reunir as suas manadas na Bouça da (…), de forma a ser feita a manutenção, marcação e registo dos Garranos.

Os Garranos encontram-se dispersos na serra, o que implica a realização de batidas para juntar e redirecionar as manadas para um mesmo local. Com as manadas reunidas numa cerca, as fêmeas e os seus potros são afastados e reencaminhados para um corredor construído de forma a facilitar o processo de marcação e desparatização. Os veterinário fazem ainda uma recolha de amostras de sangue para estudar a variedade genética nos grupos.

Todo este processo dura vários dias alimentado pelo convívio, entreajuda e gosto pela raça Garrana, gosto este, fundamental para conservação desta raça.