“Não há no norte de Portugal romaria grande sem um grupo de “Gigantones” e “Cabeçudos” a passear pelas ruas da terra, precedido de “Zés P’reiras” a rufar ou, mais raramente, de bandas de música, e rodeado por numeroso rapazío em grita.” As mascaras completas de cabeça inteira dos “Cabeçudos” derivem das meias-máscaras, expressivas no seu esgar de riso ou de tragédia, indispensáveis nos odéons da antiguidade clássica. (…)”
“Os zabumbas e as tocatas têm já diversas vezes servido de tema a artistas plásticos; na colecção de postais com trajos e costumes portugueses, segundo aguarelas de Alberto de Sousa, estão representados.” Algumas bandas que tocaram pelas ruas de Viana , em 1958, são: “a do Orfanato, a de Anha, a de Capareiros, a de Fão e a de Infantaria 6. (…)”
“Gigantones. Cabeçudos. Zabumbas. Bandas de música. Bonecos de barro. – Pedras de toque, afinal, da subida valia das romarias nortenhas. (…)”
Artigo do Tomo IV dos Cadernos Vianenses, 1980, escrito por Maria Emília Vasconcelos.
Os Cadernos Vianenses são uma edição da Câmara Municipal de Viana do Castelo, com publicação periódica desde Outubro de 1978. Estas publicações assumem-se como uma fonte de memórias e repositório do património de Viana do Castelo, agregando textos, artigos, testemunhos, opiniões e ideias de diversos autores, abordando um variado leque de temas.
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