“A mamoa de Vila Fria foi detectada em meados de Agosto de 1985, aquando da realização de trabalhos de Carta arqueológica no concelho de Viana do Castelo. (…)”
“Situada em zona onde se procede à exploração de caulino, e dado o facto de a periferia sul do monumento ter sido já destruída, o Serviço Regional de Arqueologia da Zona Norte contactou a firma que procede à dita exploração. (…)”
Relativamente à metodologia utilizada, teve-se que ter em consideração “o pouco tempo para a realização de quaisquer trabalhos, bem como a inexistência de qualquer estrutura superficial”. No que diz respeito à arquitetura, verificou-se “a não existência de qualquer estrutura pétrea quer fosse anel de contenção, quer fosse contraforte à câmara; câmara esta comprovada pela existência de 3 fossas destinadas à implantação de esteios, bem como a dois fragmentos dos mesmos. Os fragmentos, em granito, bem como o tamanho das respectivas “camas”, denunciam a existência de uma câmara funerária, provavelmente de planta sub-elíptica.”
Não se trata de um “monumento isolado, pois devido à exploração de caulino, quase toda a área foi arrasada, área essa onde, provavelmente, se poderiam encontrar outros.” Também, é importante destacar a “singularidade de a mamoa se encontrar numa mancha de caulino” o que é raro no Norte de Portugal. (…)”
Artigo do Tomo XI dos Cadernos Vianenses, 1988, escrito por Orlando Sousa.
Os Cadernos Vianenses são uma edição da Câmara Municipal de Viana do Castelo, com publicação periódica desde Outubro de 1978. Estas publicações assumem-se como uma fonte de memórias e repositório do património de Viana do Castelo, agregando textos, artigos, testemunhos, opiniões e ideias de diversos autores, abordando um variado leque de temas.
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