Todos os caminhos de aldeias e serras são importantes na vida das populações. Deles, podemos chegar a práticas diversas de tempos distintos.  A composição do solo, a forma,  as pedras gastas com as rodas dos carros de bois,  o desgaste feito pelas águas que por eles correm ou correram dão-nos informações valiosas sobre o quotidiano das gentes de Arga e Lima. O mesmo se  passa com as vedações, os marcos, as cancelas e os portais. Marcar os limites das propriedades, evitar que lá dentro entrasse gado estranho, era uma prioridade. A pedra era o material de preferência, sendo a madeira sua auxiliar.  As fronteiras marcadas eram consideradas pela « gente séria» invioláveis e  foram causa de muitas guerras e mesmo mortes. O povo acreditava que quem mudasse um marco ficaria alma penada depois da morte e andaria a vaguear durante a noite até se fazer justiça. Ninguém poderia ter descanso eterno enquanto  a verdade não fosse reposta.

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