Antigamente e ainda hoje em muitos locais das terras de Arga e Lima as pessoas acreditam em sinais «agoirentos». Se os sinos da igreja «têm um som triste», é um vizinho que vai morrer; se se ouve durante a noite a coruja a piar é sinal de morte de alguém da freguesia; se um cão uiva de noite é prenunciada a morte iminente de alguém.
Os próprios mortos podem fornecer uma indicação sobre as pessoas que os irão seguir. Por exemplo, quando os olhos de uma criança morta não podem ser fechados, diz-se que ela está a «chamar» um parente; quando uma pessoa morre, a direcção da sua cabeça assinala a parte da freguesia — «de cima» ou «de baixo» — onde se verificará a próxima morte.
Em Meixedo, no dia da morte de alguém a família pedia a um vizinho ou amigo que cozesse uma ou mais fornadas de broa. Duas moças levavam no dia do enterro, em cestos ou gamelas baixinhas, as broas para o adro da igreja para que pedaços de pão fossem dados aos pobres que acompanhavam o caixão até à igreja ( a pé).
A alusão à procissão de defuntos que muitos diziam ver , durante a noite, é frequente. Segundo reza a história, os defuntos peregrinavam pela aldeia com luzes acesas. Ver a procissão podia ser interpretado como mau agouro. Quem conseguia ver a procissão ficava a saber quem era o próximo a morrer.
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Meixedo
Biblioteca de Arga e Lima ; alunos
Biblioteca de Arga e Lima
Morte
Pessoas idosas da freguesia