Este artigo fala da situação geográfica e população de S. Lourenço da Montaria, bem como das raízes históricas, actividades agrícolas, casa rural, trajo, costumeiras, medicina popular, festas e romarias, ritos de passagem, literatura popular, crenças e superstições.

“A actual freguesia de S. Lourenço da Montaria começou com seis ou sete casais  num pequeno lugar muito pedregoso – Pedregulhos -, onde aos domingos e dias santos vinha celebrar a santa missa um religioso do Convento de S. João de Arga, chamando-se então S. Mamede dos Pedrulhos. (…)”

“Com o surto emigratório dos braços de sangue novo, os trabalhos agrícolas estão confinados a mulheres, a alguns homens (geralmente de idade avançada), raparigas e poucos rapazes. As principais culturas sãos as sementeiras do milho e do centeio, do feijão (branco e amarelo) e da batata. (…)”

A casa rural é constituída por sobrada na parte superior, onde o homem habita. No rés-do-chão pode-se encontrar o gado (vacas, ovelhas e suínos).

Relativamente ao trajo, utiliza-se tons escuros, usado nos trabalhos quotidianos pelas mulheres mais idosas. A saia é constituída por barras verticais pretas e castanhas alternando com outras cinzentas, com forro preto liso. O avental tem um fundo preto, a blusa é escura e o lenço é preto (podendo ter bordados da mesma cor).

Algumas das costumeiras são a matança do porco, fabrico do pão, medicina popular, entre outros.

Artigo do Tomo II dos Cadernos Vianenses, 1979, escrito por Francisco José Carneiro Fernandes e Mª Augusta Durães Fernandes.

Os Cadernos Vianenses são uma edição da Câmara Municipal de Viana do Castelo, com publicação periódica desde Outubro de 1978. Estas publicações assumem-se como uma fonte de memórias e repositório do património de Viana do Castelo, agregando textos, artigos, testemunhos, opiniões e ideias de diversos autores, abordando um variado leque de temas.

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