Ao falar do Fulão de Amonde pode-se “lembrar, os batimentos ritmados, que aquele engenho fazia ecoar pela freguesia de Amonde. Alguns habitantes ainda se recordam do ruído dessa peça museológica. Segundo as referências dos habitantes de Amonde, esta “peça museológica”, terá deixado de fazer o seu trabalho há menos de 40 anos. Nessas antigas instalações ainda existem alguns objectos utilizados naquela actividade secular. E porque a nossa história não deve ser esquecida, é interessante relembrar esta atividade e, se possível, integrá-la neste ecomuseu, como uma peça única, dentro de Bacia Hidrográfica do rio Âncora e rara a nível nacional. (…)”
É importante valorizar este espaço, enriquecendo a economia rural e evitando o despovoamento das aldeias. Para isso, é necessário executar certas atividades e incorporá-las no turismo para serem rentabilizadas, pois, sem agricultores não existirá “paisagem humanizada” e cultura popular.
O autor considera que “ao levantar” a “peça museológica” está a contribuir para a honra da fonte das suas “raízes culturais, e assegurar a continuidade da identidade deste povo.”
Esta peça está localizada na Bacia Hidrográfica do rio Âncora, pertencente à freguesia de Amonde, no concelho de Viana do Castelo. “O Fulão ou pisão hidráulico parece ser uma invenção medieval europeia, que se espalhou por todo o continente a partir dos séculos XI e XII.”
Artigo do Tomo 22 dos Cadernos Vianenses, 1997, escrito por Joaquim Vasconcelos.
Os Cadernos Vianenses são uma edição da Câmara Municipal de Viana do Castelo, com publicação periódica desde outubro de 1978. Estas publicações assumem-se como uma fonte de memórias e repositório do património de Viana do Castelo, agregando textos, artigos, testemunhos, opiniões e ideias de diversos autores, abordando um variado leque de temas.
Consulte aqui o artigo completo.